Há uma Angola entre os homens

Pombas brancas rasgam o céu na madrugada

Nuvens, terra, mar...

No ecoar da trombeta renasce a metamorfose

O branco da paz desponta na madrugada

Há um grito entre os homens

sorrisos tímidos, vozes ásperas

Há um canto

Um canto de sangue na máscara de cada sorriso

Há uma criança no chão, na rua, sem leito

Entregue de adopção ao relento

O branco da paz desponta na madrugada

Há outro grito entre os homens

Felizes, inertes ao sofrimento alheio

Cantam, dançam, bebericam vinhos velhos

Celebram com o fulgor dos bolsos cheios

Punhos erguidos para cima

peitos insuflados com o ar da conquista

O branco da paz desponta na madrugada

Há uma Angola entre os homens

Minha, sua, nossa, vossa...

Angola de todos

Que celebra cada talento

Que regenera em cada invenção

Que ouve, se cala, que chora

Que sonha com a celebração dos homens, de todos

Angola de coração aberto, cheia de brancura de pureza e amor

O branco da paz desponta na madrugada

Por: Lucas Cassule

Alusivo ao dia da paz (04/04/22)

Lucas Cassule
Enviado por Lucas Cassule em 22/05/2022
Código do texto: T7521521
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