Calmaria

Ventos tempestuosos e desordenados,
Continuam em sopros lentos,
Nada se muda com as horas,
Apenas a percepção.

Figuras fantoches em mentes esclarecidas,
Desenham artifícios de entendimento vasto,
Linhas escritas sobrescritas em camadas de palavras,
Letra sobre letra, tempo gestando tempo.

Sopra a vida por igual,
Caravelas aportam em terras desconhecidas,
E delas saltam pessoas,
Eu e você, tateando nossos medos.

Calmaria em alto mar,
Peixes não se atropelam em sua jornada,
Existe a vastidão para todo olhar.

E por onde quer que se vá,
Se nem chegar, preciso for,
Se vê as marolas do mar.