Discursos que duelam.

Olhares que esgrimam.

Corpos que detonam

mísseis de adrenalina.

Palavras que disputam atenção

e gritos que compõe a trilha

sonora do desespero.

Violências sub-reptícias

no embate diário.

Onde não se dorme.

Onde não há descanso.

Há ironias e farpas

dilacerantes de ódio gourmet,

raiva requintada

flutuando nas bolhas de champagne ou

da água mineral com gás

E induzindo a embriaguez necessária

e anestésica.

 

Para encobrir ferimentos,

chagas e dores substituindo por outros

incômodos.

Substituímos a dor cerebralina

pela estomacal.

A agressão comezinha apenas

pelo lirismo incidental.

 

Todas essas guerras implícitas.

Abreviadas na semântica

do olhar oblíquo.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 28/11/2021
Reeditado em 03/01/2022
Código do texto: T7395853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.