PAZ
Decretos aqui, decretos acolá
Vagarosamente vamos nos adaptando
Aquela realidade de estar aqui e lá
No remoto e presencial trabalhando
Alunos que se acostumaram a ficar em casa
Não podem mais viver a fantasia
Têm que marcar presença se não defasa
O pouco que aprenderam na pandemia
A burocracia comeu solta entre os docentes
Pensavam que o mundo jamais voltaria ao normal
Era tanto papel que se sentiam incompetentes
Que ao invés de ensinar, preenchiam somente coisa banal
Agora, dia 3 de novembro, sairão das sombras
Aqueles cujos rostos ficaram escondidos
Porém, isto para muitos ainda assombra
Enfrentar o monstro que a muitos levou sem ruído
Quanto a mim:
Nunca desejei que um ano passasse mais depressa
Voasse de encontro a 2022 e deixasse tudo para trás
Viesse as férias tão merecidas e que se apressa
A trazer-nos o que nos foi roubado: a tão sonhada PAZ!