Sou negro
Sou negro, sou índio, sou quilombola, sou forte, sou filho do Norte.
Não tenho medo do teu racismo fora de moda.
Sou ribeirinho, sou da periferia, sou da selva de arvores e pedras.
Sou vítima da selvageria de quem jamais sobreviveram onde e como vivo, somente um dia.
Não te quero mal, mas não aceito o conceito cruel, que tu tens sobre tudo que sou.
Para a cultura de paz ser real, você tem de ser capaz de me ver como um ser igualmente capaz.
Deixe de ser indecente, só desejo que me veja como gente.
De Edimar