não choveu
não choveu
deitei os livros sobre a relva e os esqueci,
tamanho convite a aprender das verdes folhas,
dos caules esguios dos Coqueiros
dos admiráveis espinhos dos Cactos
resguardei-me das tempestades alheias
das vozes ancestrais
das amenidades ligeiras
do manuseio das contas de cristal...
vertendo entre os dedos grãos de areia
uma brisa ligeira nas calhas transpirava
canções dum agora inteiro
burilando ouvido, arrefecendo a fronte...
olhar por fim repousa, novamente nos cactos
em sua umidade bem guardada e,
sobre as pedras aquecidas pelo amável sol primaveril
assento meus pés em gratidão
*virgínia além mar* 27 outubro 2007
foto poema in http://vicamf.multiply.com/photos/album/25