SEGUINDO EM FRENTE


PARTI , deixei para trás a poesia;
Meus planos de ser poeta deixei
Guardados, no livro da memória,
Para quando decidisse retornar.

Revoguei todos os meus desejos.
DIAS passaram, assentei as ânsias,
Deixei dependuradas no varal
As babaquices, dantes, expostas.

Por um momento disse adeuses
A angústia e a insegurança,
Que sobre mim se abrasavam.
SEGUI despida de expectativas .

E MEUS dias voltaram ao normal...
Dissolveu-se a importância
Do que não tinha importância ,
Os ponteiros retomaram seu ritmo.

Dias passados , veio imenso VAZIO.
O silêncio me disse que tudo fora VÃO,
Tudo obra da minha imaginação.
Somos nós próprios nossos vilões.

CRIAMOS problemas inexistentes ,
Damos corpo e vida; correntes
Que nos agrilhoam como castigos,
Por nossa pulsilanimidade frágil .

E nos condenamos a nós próprios
Por um MAL que nós criamos ...
Mas o mundo não tá nem aí
SEGUE seus passos normalmente.

Que diferença fez... faz a ausência?
NENHUMA... Vida que seguiu,
Todos no mesmo barco,
Nos seus lazeres e labutares,

Apáticos ao resto, quem foi, FOI,
Quem ficou, ÓTIMO, tanto faz.
Assim também com quem morre,
Logo virão OUTROS ao seu assento.

Revolvi. Ouvi minha consciência,
Revisando as velhas altitudes,
RESOLVI ao meu posto retornar.
Coloquei minha melhor roupa

Dei a volta por cima, aqui ESTOU
Se sou poeta ou não, que importa?
Leia-me se quiseres, nada te obriga
Entre mil borrões e garranchos
Indiferente, SEGUIREI minha vida...



* APENAS INSPIRAÇÃO 

 






 
Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 19/09/2020
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