Uma tão sonhada paz

Do fundo de minh’alma em tão grande confusão

Muitos fatos se misturam sem planos, sem solução.

Busco na escuridão da noite

A forma de se encontrar

Uma tão sonhada paz.

Sonhando sempre acordada, vejo estrelas a brilhar.

Correndo de cá pra lá, busco no céu um lugar,

Pra transmitir cá na terra

A forma de se encontrar

Uma tão sonhada paz.

Vejo o corre... corre ... dos homens

De casa para o trabalho, do trabalho para o lar.

Onde ao final do dia

Esperam sempre encontrar

Uma tão sonhada paz.

Vejo crianças adultas não pra pensar e falar,

Não pra brincar e sonhar,

Nunca em seu futuro pensar!

Mas pra matar e roubar,

Pra sofrer e pra chorar.

Sem família para amar,

Sem com quem poder sonhar

Não sabem como encontrar

Uma tão sonhada paz

Vejo jovens sem motivos pra sorrir e pra sonhar,

Sem vontade de voar, sem desejo de amar.

Em posse a grandes armas pra suas vidas salvar.

Com estrondos e clarões outras vidas vão tirar.

Na espera de encontrar

Uma tão sonhada paz.

Às vezes voltam pra casa, às vezes ficam por lá,

Às vezes vitoriosos, às vezes sem respirar.

Ir ao encontro da paz e à guerra alcançar.

E muitas vezes sem vida

Trazem no peito a medalha de

Uma tão sonhada paz!

Vejo velhos e idosos de sabedoria sem par,

Contando lindas histórias que ninguém sabe contar.

Já brincaram, já sonharam,

já venceram ideais.

Já traçaram seus destinos,

Já nos ensinam sonhar.

E, certamente esperam

Com alegria encontrar

Em meio a tanto empecilho

Uma tão sonhada paz.

Gianetti Lopes Pereira
Enviado por Gianetti Lopes Pereira em 25/06/2020
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