Primeiro Natal sem ti.

Pensei no natal

Não pude deixar de ver

A minha volta estabelecer

Equilíbrio de bem e mal.

Não se parece como antes

Nem de longe, nem perto

Fora do lugar, algo não é certo!

Mas, somos errantes ...

Imperfeitos feitos de pó

Infelizes buscando graça

Em um percurso que traça

Caminhos para não vivermos só!

Nos desentendendo em vão

Onde havia entendimento

Perdemos o discernimento

O que fazemos então ?

Então é natal ? Assim ?

Sem perdão e sem trégua

Sem equilíbrio, sem régua

Nem para ti e nem a mim.

Busquemos manter laços

Todos queremos carinho

Tirar das rosas os espinhos

Para poder encaixar abraços.

Da mater que outrora

Emanava o aconchego ,

Se faz necessário descarrego

Das mágoas que lhe apavora!

O abrigo sempre é a família

No natal , ou noutro dia,

Procuramos buscar alegria

Que afaga e nunca humilha.

Me sinto só, mais uma vez

Em meio aos meus

Sonhando sonhos teus

Pelo amor que nos fez !

E só pode ... foi Deus !

Que desfez toda discórdia

Sua infinita misericórdia

Toca até os mais ateus.

Nos teus olhos a essência

Quando estive contigo?

Sinto meu abrigo

Se vai toda carência!

Espero que, assim seja,

Também no seu coração

Ou melhor, sem dor nem paixão!

Que você não mais deseja!

E logo mais, à propósito

Ao virar o dia de Natal

Tu que foste meu casal

De amor seja depósito !

Com imensurável valor

Desejo paz e união,

De mim toda dedicação !

Meu ser e meu amor !

O afeto que se encerra

Nesse ano doloroso

Revigore paz e gozo

No novo ano que nos espera!

Rafael Lustosa Ribeiro.

LEAFAR
Enviado por LEAFAR em 30/12/2019
Reeditado em 30/12/2019
Código do texto: T6830159
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