Primeiro Natal sem ti.
Pensei no natal
Não pude deixar de ver
A minha volta estabelecer
Equilíbrio de bem e mal.
Não se parece como antes
Nem de longe, nem perto
Fora do lugar, algo não é certo!
Mas, somos errantes ...
Imperfeitos feitos de pó
Infelizes buscando graça
Em um percurso que traça
Caminhos para não vivermos só!
Nos desentendendo em vão
Onde havia entendimento
Perdemos o discernimento
O que fazemos então ?
Então é natal ? Assim ?
Sem perdão e sem trégua
Sem equilíbrio, sem régua
Nem para ti e nem a mim.
Busquemos manter laços
Todos queremos carinho
Tirar das rosas os espinhos
Para poder encaixar abraços.
Da mater que outrora
Emanava o aconchego ,
Se faz necessário descarrego
Das mágoas que lhe apavora!
O abrigo sempre é a família
No natal , ou noutro dia,
Procuramos buscar alegria
Que afaga e nunca humilha.
Me sinto só, mais uma vez
Em meio aos meus
Sonhando sonhos teus
Pelo amor que nos fez !
E só pode ... foi Deus !
Que desfez toda discórdia
Sua infinita misericórdia
Toca até os mais ateus.
Nos teus olhos a essência
Quando estive contigo?
Sinto meu abrigo
Se vai toda carência!
Espero que, assim seja,
Também no seu coração
Ou melhor, sem dor nem paixão!
Que você não mais deseja!
E logo mais, à propósito
Ao virar o dia de Natal
Tu que foste meu casal
De amor seja depósito !
Com imensurável valor
Desejo paz e união,
De mim toda dedicação !
Meu ser e meu amor !
O afeto que se encerra
Nesse ano doloroso
Revigore paz e gozo
No novo ano que nos espera!
Rafael Lustosa Ribeiro.