Junto das Estrelas
Deixar a mente transcender,
Divagando em pensamentos ,
Viajando em sentimentos,
Ouvindo o coração bater
Cada vez mais distante.
E sentido o corpo leve,
Como que ave,
como que pluma ao vento.
Voa liberta ave da alma,
Voa a levar para muito longe a angústia
e para tentar encontrar novamente
a pressentida felicidade.
Voa sem barreiras,
convertendo o seu corpo em simples fluído,
ganhando consistência etérea,
Do ser mantendo unicamente a alma,
longe, muito longe,
lá de cima a observar o velho planeta.
Voa mais, vai ainda mais longe
e então as muitas esferas ,
e dentre elas a bela jóia terrestre.
Visão impactante,
não sabendo se atingiu a sublime lucidez
ou a suprema loucura.
É o pássaro que brinca
num voo arriscado sobre a garganta
de um imenso abismo sideral.
Um desafio, a sensibilidade extremada
a provocar dúvidas
e conclusões da limitada razão.
Necessário estar pronto
para receber novas idéias,
estar disposto
a criar novos pensamentos.
Essencial ter discernimento,
ter sobriedade para diferenciar
o que é realidade do
que é mera ilusão.
Urgente é aprender,
é conviver com o infinito,
sem perder a capacidade
de viver no limitado cotidiano.
É preciso profunda serenidade
para ver a aurora da eternidade
sem perder por completo a razão.