HOMEM DO SUBMARINO AMARELO
É somente e tão somente no futuro do presente
Que vislumbrarei pretéritos mais que perfeitos ,
Quando ali, surpreso mesmo, eis que se sente
As interjeições,as interjeições nascidas lá do peito.
Veja o que constato, feito Joãozinho e o pé de feijão,
Vendi a minha primogenitura pelo prato de lentilhas.
Quanto ao meu passado, não sei, uma autocombustão
Transpôs todo meu continente para uma simples ilha.
Tornei-me só, como aquele senhor do submarino amarelo,
O velho marujo que conta histórias, bruxo sem vassoura ,
Que ao som de flautas e tambores aguarda o violoncelo,
Aquele que se empenha contra o que à paz desdoura ...