GUERRA E PAZ
O que há de humano em almejar paz fazendo guerra?
O que há de mundano na esperança pela paz?
O que há de profano no obscuro da terra?
E o que há de amor quando tudo se desfaz?
O que é o humano nessa desumanidade?
O que é a virtude, em meio à desonestidade?
O que se percebe aceso em plena obscuridade?
E onde se esconde a paz, se tudo é calamidade?
O que há de profundo, onde existe o ódio?
O que há de sossego no meio do tiroteio?
O que há de menos imundo, onde vemos o óbvio?
E o que há de sentido em meio ao bombardeio?
O que é a ajuda, perdida na corrupção?
O que é o amor, onde não há compaixão?
O que é o altruísmo, se tudo é ambição?
E o que é a luta, para salvarmos a nação?
Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)