A IGREJINHA
No alto, compondo a bela paisagem, por quase todos os cantos se via
a inestimável igrejinha.
Todos formavam uma só família; parentes, amigos diziam:
bom dia , boa tarde, boa noite compadre, comadre. Quanta alegria!.
Aaah , naquela igrejinha!
Bem de tardizinha tocavam o sino e logo sumiam os cantos dos pardais.
O zelador atônito! Era o único momento, que o conseguia espantar aqueles animais.
A igrejinha era toda encantada, vinha gente de todo o lado, gente andando a pé, de carro e a cavalo.
Parecia que ela era só minha. Nos momentos festivos, nas missas e cultos dominicais, corria,cantava, pulava, levava tombos, escorregão. Quase sempre, chamavam-me a atenção.
E ali casavam tantas Marias ,Pedros, Martas, João. Logo surgiam os batizados. O padre dava as bênçãos e tudo era festa naquele sertão.
Fortaleciam vínculos familiares, reforçavam amizades. Lugar de cultivar a paz, o amor e a harmonia.
Em algumas ocasiões, certos aborrecimentos. Tristezas também se via. Inclusive, para celebrar missas do sétimo dia
.
Na comunidade o respeito , os bons costumes e nobres sentimentos são evidenciados.
Para os anúncios na capela, nos assuntos específicos e determinados, bastavam o repicar dos sinos e de suas vibrações, e assim se sentiam convocados.
Todos eram adicionados ao grupo, postavam as suas mensagens de fé e adoração, regidos pelo amor, sendo o Cristo, o seu administrador .
A Igrejinha era o centro das atenções, lugar de palestras, fazer reuniões, programar e realizar festas, rematar leilões, reformar a igreja, ou construir o salão.
Se isto não é vida compartilhada, movida pelos sentimentos de fé e união, o que será então?
Foi na Igrejinha, naquela igrejinha, fui me tornando um Cristão.