A GARRAFA DE REFRIGERANTE ESQUECIDA DE CADA UM
O que nós somos eu não sei talvez...
Talvez o pó que sobra do vento soprado
Talvez o Lumiar que se esconde atrás do prado
sozinho
perdido no grande deserto
por Ele amado
Mas de inflamado pela luzes
que se desfaz em vários brilhos
Qual nossos primos esquecidos
talvez sejamos o baque esmaecido
ante o descaso do mundo explodindo
O mundo em cores que Deus não fez
talvez, quem sabe...
sejamos a bolha insuflada por um cano terno
da boca d'algum pai desesperado cheio de talento velho
Talvez sejamos somente a água em bolha
quem sabe...
Um fogo disparado de um monte destruído
murmúrio do monge triste esquecido
Reflexos do espaço, a estrela em brilho esmaecido
quem sabe somente a escolha entre tantas escolhidas
Talvez...
Quem sabe as garrafas de refrigerantes largadas
na terra molhada
de águas passadas...
Quem sabe o cheiro dos fundos dos barzinhos dos nossos pais
repletos de garrafas tomadas e gozadas e jogadas
sem mais
Diria ainda
talvez a paz...
a paz que traz essas lembranças
Mas tavez porque furtivas
mal nos damos conta de quanto são lindas.