Era uma vez...

Era uma vez

Como queria acreditar hoje

No era uma vez de outrora.

Queria que o mundo fosse

A paz daquelas horas.

Crianças brincando livres,

N'uma vastidão sem medo,

Como meninas sonhando

Príncipes e princesas

Suaves toques da aurora.

Escrever pra mim é dádiva,

Rimar já é outro assunto.

Quero a suavidade nos versos

Levando-os ao meu mundo.

Ah! Se retroceder eu pudesse,

Faria tudo diferente.

Entregaria versos antigos

A música latente.

Quem sabe a cantoria ficasse,

Não deixando-me ausente.

Fui a menina tímida

Que no teatro era árvore.

Meus versos escondidos,

Sorriso nos lábios, ia em frente.

Hoje, nada a perder,

Sigo meus versos a escrever.

Vou indo, sigo o rumo do vento,

Deixo pétalas pelo caminho,

Marcando um destino,

Que não permiti florescer...

E no tanto da idade,

Deixo também a saudade

Daquilo que poderia ser.

Deixar de sonhar, jamais.

Era ainda uma vez...

Marilu Fagundes

Mafag
Enviado por Mafag em 30/07/2018
Código do texto: T6404833
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