TREJEITOS

Eu gosto do seu toque leve

E do toque mais forte quando se atreve

Gosto do desenho das costas

Dos entrelaçados dos dedos

Dos dedos dela correndo suas costas

De como joga o cabelo

E desse sorriso escondido no canto da boca, quando tenta conter esse seu medo de se render

Eu também tenho medo

Nós duas sabemos dos nossos segredos

Há um respeito, por pensar do mesmo jeito

Mas eu gosto tanto desse seu jeito

Gosto dos mútuos arrepios

Dos profundos suspiros

E quando tenta abafar gemidos

E quando tenta ponderar os risos

E não tem medo de nos prender

Eu também sinto o seu desconforto

E confesso minha falta de esforço

Mas eu sou mesmo sempre a ultima a chegar

Eu me atraso de mim

Eu me perco assim

Eu custei pra entender

Eu também tentei me esconder como teu sorriso, tive medo de nos perder

Mas não da pra evitar o quanto gosto do ar que você deixa

Quanto sinto quando você nos deixa

Quanto quero que você esteja

Mesmo na minha falta de jeito

Mesmo não sendo perfeito

No meio de todo desejo

Nunca foi só sobre desejo

Nunca foi pra ser desse jeito

Eu, minhas filosofias e meus trejeitos

Nós, nossas olhares e nossos três jeitos

E eu mal sei o que a gente é

E agora, cabe ao acaso o que nos vier

Enquanto a razão briga

Eu me derreto nesse abraço apertado

Eu me jogo nesse olhar profundo

Eu me cedo ao seu cheiro

Porque ele simplesmente nao vai

Porque eu simplesmente não quero que se vá

Eu me contento com os detalhes que te pego sentindo também

Eu me sinto feliz com o quanto já fomos além

Eu me sinto em paz, quando estamos bem.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 21/04/2018
Reeditado em 22/04/2018
Código do texto: T6315352
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