Morada da Paz
Muitos buscam esse caminho,
Onde a paz faz sua morada,
Ou o momento, talvez,
Quando a ela é encontrada.
Mas a paz não tem endereço certo.
Às vezes vão buscá-la ao longe,
Quando ela está bem perto.
A paz, nunca tem prazo de validade,
Ninguém pode garantir
Que ela pode ser para sempre.
É por isso que tanto a procuram em vão.
Iludem, imaginando-a no sono da criança,
Nas tréguas da guerra e no perdão...
Na tremular de uma bandeira branca,
Nas armas que se arrancam das mãos...
Imaginam-na crescendo aos poucos
Na igualdade entre os homens,
Sufocada e esquecida na tirania...
Escondida entre a fome e a miséria,
Suplicante na violência e na covardia...
A paz perambula em todos esses caminhos,
Mas muitos correm atrás dela em vão.
Pois enquanto a buscam na dádiva do outro,
Ela suspira inocente no peito dos homens,
Adormecida em silêncio em cada coração.