O maior exército do mundo

Enquanto nosso grito for uma causa própria, jamais iremos motivar a maioria.

Chega de dizer não aos problemas que você vive individualmente.

O erro das pessoas não é o abuso de mulheres ou crianças, são todas as formas de abuso.

O desrespeito não é das autoridades ou dos idosos, o desrespeito virou bandeira de todas as formas de rebeldia.

Não é o racismo ou homofobia, o machismo ou tradicionalismo que corroem a humanidade, pois direta ou indiretamente você é ou tem um próximo de outra raça, sexualidade ou gênero e que sofrendo também lhe fará sofrer.

Não é do negro, do índio o problemas de achar que cor é caráter, assim como não é dos homossexuais o problema de achar que amar um igual é pecado.

Não são meus esses problemas, não são deles e sim NOSSOS todos esses problemas e qualquer outro no âmbito social.

Temos que parar de levantar bandeiras caracterizadas pelas cores e marcas de nossas causas limitadas e começar a levantar a bandeira branca que representa a paz em qualquer guerra.

Uma dor não é maior que a outra.

Nenhuma lágrima arde mais que as outras.

Estamos todos calejados pelo egoísmo de lutar para vingar as cicatrizes particulares, enquanto seríamos muito mais fortes se lutassemos todos juntos, unidos contra todas as formas de preconceitos, abusos e doenças da sociedade.

O respeito tem que ser de todos e para todos sem melhores nem piores.

Não se vence uma guerra criando cada vez mais novas intrigas para batalhar.

Sejamos pragmáticos, para que tantas leis e acordos se cada um só conhece e segue a que mais lhe oferece vantagens?

Lute, mas leve seu espirito guerreiro para defender uma causa que seja maior que você, que mude o mundo como um todo e não apenas seu mundinho particular, pois mais humano não é o que sangra e sim o que reconhece a dor das feridas alheias.