RIO MAR
Quero cantar e sorrir;
ver a corrente passar:
da gota doce do rio
à agua viva do mar.
Quero Luzir no vazio;
enche-lo de mansidão:
da cor escura do rio
à tez do mar verde e vão.
Daquela gota tacanha
(duma artimanha lunar)
erguer verdade tamanha;
da tessitura do mar;
do mar imenso e vadio,
imerso em sua amplidão;
que se alimenta do rio
e arregimenta a canção.