As Horas.

A pensar

na ciência da existência

Me peguei me perguntando

No veneno mais mortal

Que veneno de folha ou de cobra

E o espinho que fere

Inteligência que afere e calibra

O mecanismo

que faz avançar, simulando marasmo

E rodar a cada engrenagem

Que faz

Doer o que não doía

Enxergar o que não via

E querer que volte

A aquilo

que queria que fosse

e não ia

Será que serão

Exatamente iguais

Nem menos

Nem mais

Todas as horas

Que agora sabemos

Que compõe o dia?

Edson Ricardo Paiva.