Talvez
 


Talvez,
O perfume da flor que plantei
Tenha agredido tuas narinas
E o perfume da flor que plantaste
Tenha agredido as minhas,
Mas foram flores,
E foram ânsias
Sem intenções de ferir,
Meros acidentes de percurso
Entre a tua estrada
E a minha.

E na distância estabelecida
Entre nossos caminhos
Após a colisão,
Ficaram pedacinhos do meu
E do teu coração
Brotando no chão,
Fruto que a abstinência não matou,
Mas transformou, pouco a pouco,
Em pura admiração.



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 08/07/2017
Reeditado em 08/07/2017
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