SÓ A LUA PRESENCIOU
Papel sobre a mesa,
Caneta em minha mão,
E o silêncio que não foi quebrado ainda.
O papel continua silencioso
E a caneta desejosa de desenhar nele
O contorno das palavras que brotam do meu interior.
A sensibilidade, como um poço a jorrar,
Vem à tona de mim
E escorre para os dedos,
Dando à caneta o direito de desvirginizar o papel!
E um poema novo vem à luz!
É mais um "filho" que nasce!
A lua cheia que do céu me olha,
E que presenciou o "vir à luz",
Sorri o seu sorriso mais faceiro,
Mais largo e mais companheiro,
Por saber-se a maior parceira
De toda a inspiração que vive em mim.