PLENITUDE

É saber que o beijo vem da alma de quem é beijado,

É sentir-se como um rio por barcos brancos velejado,

Pousar os olhos e entregar-se à paisagem à volta,

Escapar do fio tenso como pipa que se solta...

É violar a lei do silêncio e falar com quem anda ao redor,

Sentir-se igual a todos, nem melhor e nem pior,

Ter entre os braços uma criança e elevá-la ao céu,

Conhecer o dissabores e provar do que é mel...

Fazer do coração o palco para todos em suas artes,

Receber com um sorriso quem chega,

Desejar a volta daquele que parte...

Pertencer ao mundo como as estrelas e a grama do jardim,

Iluminar o mais que possa quem os olhos a ti fitarem,

Saber que todo começo nasce sempre de um fim.