TODA ESTRELA É CADENTE

Na sacada da janela,
Na companhia da vida frente ela;

Muitos não passam na calçada
Outros que eram guiados para caminhar caladas
Guiam caminhadas.
As cores das flores dos jardins,
Hoje são o cinza de prédios sem fins.
O que é o tempo se não uma via de única mão
Que não nega momentos
E deixa ilusões.
Mas se não vive-los
Segue para nunca tê-los.
Pão quente ainda cheira na calçada
Chuva fina deita corre na estrada
Da rua ao córrego
Do córrego ao rio
Do rio ao oceano,
Para tudo que muda fica algo sempre
Como chuva fina e água corrente.
Quando chega o fim das especulações
Num fim que inicia em nova geração
É um ciclo sem fim
Como o tempo que em uma boca se guarda
O doce do amor ou o amargo das mágoas.

20/12/2016
Antonio C Almeida