Minhas mãos estão contentes
com as flores colhidas e me ofertadas;
as mãos são sempre gratas, amigo.
Mas o meu coração ( que desconhece flores)
sabe a força da nevasca sobre as pétalas nuas,
conhece a dor dos que partiram levando só o desespero,
dos que ficaram e morreram petrificados,
e dos que rodopiaram solitários e morreram de si mesmos.
O meu coração quer dormir, amigo,
- para sempre dormir-
colhendo a miraculosa brisa
que um dia me surgiu como invencível tempestade.