EM FIM
No mar marejado
Dos meus olhos,
Enquanto o pranto
Não brota, a Lua alheia
Mete prata nas ondas
Soluçantes de saudades,
Que dançam em movimentos
De rotação na rota incerta
Do coração.
Neste outono em mim,
Esta estação sem fim,
Gemem as rajadas fortes,
Que impiedosas varrem
O Sol ao norte do oriente
Do meu corpo embriagado.
E na razão inversa, o ocidente
Da alma, na lógica ilógica
Dos pensamentos, apaga
As linhas do horizonte.
E lá, onde morre toda luz,
Na ordem avessa e diversa,
A alma se liberta e brinca
De vida onde a vida se dispersa!!!