Menino da Síria, nos perdoe!
Você perdeu o futuro que tínhamos traçado,
como uma pedra que se perde no caminho,
como uma sombra que n se vê na escuridão.
Sonho para que nesta hora ouça a minha prece
e estejas seguro, como pela primeira vez estará.
Sei que já não importa pedi proteção a você,
se não fomos dignos de te proteger desse carma.
Incapazes de estender as mãos enquanto estava aqui,
deixamos ir com a maré.
Nos perdoe se agora sua situação comove,
e tentamos nos justificar colocando-te como anjo,
a gente tem isso de tentar acertar e daí sempre erramos.
Ao certo não somos dignos do seu perdão, mas por toda
a esperança que carregava e pelo excesso de vida que tinha,
nos perdoe.
Siria o melhor de todos, sabemos;
Siria a salva de palmas perfeita a sobre sair da multidão;
Siria o maior dos homens, estou certo;
Siria mais do que eu posso imaginar nessa poesia
ou o beijo mais intenso de uma prosa.
Faria desta poesi auma versão de alegria,
menino da Síria, nos perdoe pela nossa fraqueza,
por sermos incapazes de olhar para ti, e mais, por que
perdemos a humanidade que tínhamos, na escuridão.