Olhos

São sóis, mandalas

que um dia, brilhantes

se enganaram

que agora refletem vazios

translúcidos

tão lúcidos

São espelhos d'alma

que então ofuscados

pelo cansaço da miopia

fazem-se opacos

tão ocos

buracos

São um mar de rosas

Vermelhos se assemelham

à cor das dores

que, liquefeitas, escorreram

Outrora desses globos

púrpuros injetados

E o brilho jaz, amor

Que o findo amor

deixou-nos para trás

E na ausência de dor

eles se fecham

e descansam em paz

Lost Vivi
Enviado por Lost Vivi em 30/08/2015
Reeditado em 30/08/2015
Código do texto: T5364108
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