VOLTANDO PARA CASA


No céu, roxos e dourados
Mesclados entre os azuis,
Explosão de avermelhados...
Os gritos das maritacas,
Bem-te-vis e sabiás
Voltando para casa.

Nas ruas, faróis de carros
Iluminam o crepúsculo,
A confusão das calçadas
As padarias lotadas,
As crianças e os adultos
Voltando para casa.

Cachorrinhos nos portões,
Pelas vidraças, as luzes,
Os jantares e os banhos,
Pés descalços nos tapetes,
O final de uma jornada...

Quem dera que seja assim
A morte, ao menos, espero
Que seja como essa hora
Tão confusa e tão bonita:
Hora de voltar para casa.



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 13/07/2015
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