Telefonema da Paz

Em prantos, narro aquele momento.

O meu objetivo era solucionar o “problema”.

Um dilema que não existia.

Uma busca incessante, para a concretização da ordem.

Em minhas mãos, um telefone.

Na tarde, do dia oito, de abril, o meu desafio iniciaria.

Várias tentativas...

Como um prodígio, uma voz embargada ecoou do outro lado.

Uma criatura enferma, embalada pela dor, ofegando na sua via-crúcis.

O meu dito problema se transformou em um grão de mostarda.

As lágrimas traçaram o meu rosto.

Aquela voz desalinhava a minha alma.

Ao mesmo tempo em que o amor me acariciava.

Aquele irmão promoveu rupturas na minha estrutura.

Coloquei-me a orar por aquele meu nobre amigo.

Senti a sua presença, mesmo apartados por um oceano.

O amor em maestria dulcificava o meu coração sofredor e triste.

A minha alma embarcou em uma sinfonia inexplicável.

Em minutos fui invadido por sensações, que em um século, não seria capaz de explanar.

O eco daquela voz se perpetuará na minha alma; vencendo o tempo, petrificando ao longo da eternidade.

Você me presenteou com a paz.

Fez-me renascer, através dos ecos do amor.

Que a força do universo restitua a sua alma.

Sinta-se abraço, por mim, uma criatura insignificante.

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 14/04/2015
Código do texto: T5206787
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