No Papel Eu Pensava

Originalmente imaginava um papel.
Mas então eu o rabiscava
E passava então a imaginar coisas naquele papel...
Empilhava folhas e folhas de letras, desenhos e rabiscos.
Eu pegava o meu violão
E eu imaginava a sintonia.
E seguia a vibe de toda aquela 'peça'
Que eu juro que também me seguia.
E a peça saia na balança da harmonia
Conforme a vibe do meu dia.
Depois eu escrevia as letras...
E o conjunto delas me animava!...
Mas não porque aquilo era poesia,
Nem porque era música feita à caneta
Ou desenho ou quadro ou arte ou qualquer outra anestesia...
Sem pensar em mais nada, eu imaginava...
Eu só imaginava.
Porque eu já tinha sujado tanto...
A minha carcaça orgulhosa ainda podia fazer algo que prestava.

(No papel eu pensava.)

 
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 05/04/2015
Reeditado em 25/04/2015
Código do texto: T5196039
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