AQUELA QUE FUI...

Deves lembrar - te, coração querido,

daquela que um dia fui, há tanto tempo...

escrevia poemas com as cores do arco - íris,

fazia rituais de amor à deusa Íris

fimbriava de alegrias meu tormento...


Eu era aquela que bebia o Sol

a cada abençoado amanhecer

sorvia a água da mais pura fonte

poetisava a lua atrás dos montes

quando chegava, ao anoitecer...


Deves lembrar - te que eu era aquela

que pelo espaço vivia a vagar

sonhando como sonha uma criança

que tudo quer e que tem esperança

que um dia tudo irá se realizar...


Sonhava a paz para o meu coração

sonhava o amor eterno que viria

trazendo uma felicidade pura

nuns olhos que brilhassem de ternura

sem pensar nunca que era utopia...


Caminho hoje pela chuva fria

que escorre por meu corpo, lava a alma

porque aquela, aquela que um dia eu fui

quer nenascer e a esperança flui

n´ água que lava e o meu passado ensalma.


Vou novamente ouvir os passarinhos,

em nuvens brancas sairei dançar

ao som de sinfonias celestiais

pois renasci, e aquela, jamais

dentro de mim permitirei morar!!!


E como hoje não sou mais aquela

sinto que estás feliz, já a sonhar

à espera de um amor que já sonhamos

que pela vida inteira esperamos

que sem demora então, irá chegar!!



Arianne Evans
Enviado por Arianne Evans em 13/09/2005
Código do texto: T50208