Basta
Agora me basta o trilho aberto,
pois os meus moinhos foram vencidos
e os meus demônios quedaram-se entorpecidos.
Agora, só quero a majestade do ipê amarelo
ante a cinza amargura dos dias;
apenas o canto do Céu em que brilha
a estrela retornada e a poesia retomada.
Que sigam em paz os outros homens.
Que acumulem o ouro e o sexo que desejam.
Já não quero o salso oceano
das heroicas epopeias e tristes melopeias.
E nem desejo o doce mistério de Cassiopeia.
Que outros revejam o passado
e ditem a nova tendência.
Que outros exijam ética e transparência,
e se compadeçam dos utópicos
que desconhecem a própria demência.
A mim, mestre Bandeira, basta
a rude flor de teu cacto,
por tão poucas palavras regado.
Basta-me o silêncio do livro fechado,
o escuro do palco apagado
e a paz de um poema terminado.
Agora me basta o trilho aberto,
pois os meus moinhos foram vencidos
e os meus demônios quedaram-se entorpecidos.
Agora, só quero a majestade do ipê amarelo
ante a cinza amargura dos dias;
apenas o canto do Céu em que brilha
a estrela retornada e a poesia retomada.
Que sigam em paz os outros homens.
Que acumulem o ouro e o sexo que desejam.
Já não quero o salso oceano
das heroicas epopeias e tristes melopeias.
E nem desejo o doce mistério de Cassiopeia.
Que outros revejam o passado
e ditem a nova tendência.
Que outros exijam ética e transparência,
e se compadeçam dos utópicos
que desconhecem a própria demência.
A mim, mestre Bandeira, basta
a rude flor de teu cacto,
por tão poucas palavras regado.
Basta-me o silêncio do livro fechado,
o escuro do palco apagado
e a paz de um poema terminado.
Homenagem pouca ao Poeta Grande, Manuel Bandeira.
Produção e divulgação de Pat Tavares, lettré, l´art et la culture, assessora de Comunicação Social e de Imprensa, Rio de Janeiro, inverno de 2014.