A Luz na Palma da Mão



Branca, leitosa, macia
A luz na palma da mão
Singrando as linhas da vida.

Por entre estradas perdidas
Caminhos vários, silêncios
Um porto pra cada vida.

Mas se a luz não chega até
O porto do coração,
O brilho será em vão...

Palavras soltas, vazias,
Os dedos duros que apontam,
O fel da melancolia...

Perder-se na fantasia
De pensar poder voar
Sobre toda escuridão

Derramando certa luz
Que morre ao tocar o chão
Pois não sai do coração...

Ah, e o orgulho disfarçado
De santa sabedoria
Traz sob a manga, um punhal

Que golpeia, com certeza,
Embora entre mil disfarces
Sem piedade e sem arte!

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 27/07/2014
Reeditado em 12/02/2015
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