idílio
Vem de manso sobre o insólito dos meus olhos,
atenta-te para a íris. Que vês?
Um céu sem sombras, indiviso
e metálico, entre o riso inocente
e o beijo que ficou suspenso, etéreo,
à beira de um desaguar de infortúnios.
A imagem que criastes, ave indômita,
sempre a partir na supressão dos cílios
em direção à distância do amor.
Atenta-te para a íris. Ou o céu.
É na sombra dos meus olhos
que teu sol descansa.