A sombra de uma arvore simples, quieta e alta.
Na sombra daquela arvore
quieta, simples e alta.
sorria
e amava,
suas lindas bochechas
seus belos olhos.
tanta harmonia,
a própria natureza
em madeixas laranjas que foram um dia
vermelhas como sangue,
nunca vi tanta beleza
ou talvez perfeição.
não daquele modo
não com aquele aroma
não com aquele gosto.
eu amei sua forma de ser livre.
a deixei voar,
esperando sempre,
é claro,
para que um dia,
depois de descobrir tudo o que lhe achasse conveniente
ela de novo planasse
e de volta
me beijasse.