Acerto
(dueto com uma fada/poetisa)
Ao romper o silêncio me exponho
Não sou mais eu, sou fermento!
Uso meus pés piso meu chão
Quero flores que plantei rego canteiros
Regurgito esperanças alimentando sonhos!
Sou dor, ferida aberta exposta
É dela meu grito, meu brado de alerta!
Não fecho portões o mundo é meu teto
Levanto as estátuas dou-lhe vida e santuários
Sou Vida e meu desafio é vencer a Morte!
O que seria de mim com esse grito preso
A raiva, a dor, a agonia, a doença?...
Recarrego minha fé acendendo meu credo
Enterro velhas mágoas ergo minhas asas
Farei novos pactos com o Senhor a quem rezo!
Serei orgulhoso soldado na luz desse horizonte
Erradicarei torturas escarnecerei a dor
Palmilharei caminhos de lúcida razão
Dissiparei sombras descruzarei braços
Enchendo açudes, saciarei sedes, serei fonte!
Marilú Santana/05/07/2005