SERENIDADE


Fiquemos aqui, sentados e silentes...
Lá na curva, de repente, o que virá?...
Mais um dia nasce, outra esperança,
Ou será apenas uma iminente espera?


Sente-se aqui comigo, dê-me sua mão,
Quem sabe, o por do sol seja mais belo?
Logo virá, com suas cores fortes
Tintas entre o vermelho e o amarelo...


Esqueça um pouco a curva do caminho,
O que tiver que vir, virá;
Somos duas almas impotentes e cansadas,
Mas... 
Quem foi que disse que já não nos resta mais nada?


Fiquemos aqui, sentados, em silêncio,
Saibamos decifrar a voz dos ventos!
Deixemos que o tempo nos responda,
Pois nós ainda temos o tempo, o tempo...



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 22/04/2014
Reeditado em 10/02/2024
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