sapatos de monge

o poeta voa longe

vai como um passarinho

voa bem alto ou baixinho

com seus sapatos de monge

sente-se só, infeliz,

quando o que diz não esconde

ou quando chega aonde

o seu destino não quis

poeta é aprendiz

e nunca pensa que sabe

quando muito o que lhe cabe

é conferir o verniz

depois que voa pra longe,

volta depressa pro ninho,

mas não esquece o carinho

dos seus sapatos de monge

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 11/03/2014
Código do texto: T4724026
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