Johnny fez um poema da guerra

E dessa maneira o poema se faz.

Do abraço fraterno da mãe que ama com saudade.

Ele chegou e olhou os moços em um verde intenso, do companheirismo da sua longínqua e árida terra.

Cigarro na boca do filme da estreita nação, do solo que queima os pés, e da ordem do rifle que dispara as balas maléficas.

Tenente o poema rasgou, a vida ensina que beleza não existe na infame guerra.

O vento sopra na nação tropical, região das minas que dilaceram os membros, e o coração de pais anciãos.

Um conselho aos amigos se faz, concordo que ser assassino é melhor que um projétil na própria testa.

A chuva começa, e, não sei por que o sol apareceu, é a luz da morte que mancha as folhas com o vermelho do sangue terrestre.

A ordem é correr, e correr, porque, o poema vem sempre acompanhado das hélices rodopiando no peito a sensação, tiros, frustrações “gostaria de estar fazendo doze horas de sexo alucinado!”

Faz-se os heróis, as medalhas da maldita farda camuflada, do jovem que resgatou os amigos feridos da miséria da falta de amor na guerra.

Sangue, gemido, agonia, paz, consolo... Os olhos chorando, os inimigos distantes daqui.

E o bombardeio na cabeça dos homens maléficos sem fim, mas também tem uma lápide no cemitério dizendo “aqui jaz os filhos da nossa nação, terra dos heroís esquecidos" que com ternura e honrarias proferiram pro nosso futuro esse bem: Senhor Deus acabe com as guerras em nosso tolo coração!