Eu, e apenas eu
jogado entre arames farpados
pés fartos de espinhos
pele lacerada, tostada
no peito fragmentos de balas
olhos vermelhos, ardentes
ofegante, fatigado...ferido
mas de pé, indo avante
de encontro a refrega
ao combate, onde se faz mais feroz.
assim sou
e relutando vou
em tombar, em recuar
em dar-me por vencido!
cercado de leões
-não poucos-
na epiderme, vergões
- me dizem louco:
atirando-se às baionetas
às escarpas da rochas
afiadas, aguçadas, sedentas
por meu sangue
por meu choro
em desespero final.
mas sou assim
repito para mim
não reclames que doeu
pois te ouve só eu...
eu e apenas eu !