REFÚGIO
Então, aqui está o abismo
entre o manto da noite
e os caminhos abertos pelo vento
na obscuridade da mata trilhada
à uma nascente de águas claras.
Então, nasce outra vez da solidão
um sol radiante que recobre o verde
da mata, o azul verdejante das águas
e o negro da escuridão
escondido por entre o abismo.
Caído, já perdido, caminha
na liberdade de talvez poder entrever
a trilha dos refugiados traçar a mata
e correr sem que se perca do vento
para que com ele possa alcançar a liberdade.