Ares Urbanos
Cenário, relevo de ferro e concreto,
Cavernas planejadas,
Armaduras de portas e janelas.
Escudo do Todo, escudo de mim.
Luzes pontuais,
Fluxo sanguíneo da eletricidade,
Contemplam a abóboda celeste.
Estrelas solitárias ocultas,
Oculto de mim, solidão de mim.
No desencontro,
O meu encontro marcado.
Sem tempo, escasso no relógio,
Imenso, imerso na atemporalidade.
Voo sem asas, que asas?
Voo sem destino,
É preciso perder-se
Para encontrar-se,
E achar-se, talvez nem tenha graça,
Talvez seja meramente
Abraçar o próprio limite.
Dar forma ao que era pleno,
Que era estado originário,
Era o primitivo transcendental.
Poucas palavras,
No calar-se, o silêncio criativo.
O incriado em estado potencial.
Entre o perdido na impessoalidade,
O pulsar de individualidade,
Acusando o existir
Quem não consegue fugir
Do olhar do outro?
No mergulho de si,
Que abra as portas
Para suposto infinito.
No calar-se de mim,
Ouvirei a voz do Todo.
Cenário, relevo de ferro e concreto,
Cavernas planejadas,
Armaduras de portas e janelas.
Escudo do Todo, escudo de mim.
Luzes pontuais,
Fluxo sanguíneo da eletricidade,
Contemplam a abóboda celeste.
Estrelas solitárias ocultas,
Oculto de mim, solidão de mim.
No desencontro,
O meu encontro marcado.
Sem tempo, escasso no relógio,
Imenso, imerso na atemporalidade.
Voo sem asas, que asas?
Voo sem destino,
É preciso perder-se
Para encontrar-se,
E achar-se, talvez nem tenha graça,
Talvez seja meramente
Abraçar o próprio limite.
Dar forma ao que era pleno,
Que era estado originário,
Era o primitivo transcendental.
Poucas palavras,
No calar-se, o silêncio criativo.
O incriado em estado potencial.
Entre o perdido na impessoalidade,
O pulsar de individualidade,
Acusando o existir
Quem não consegue fugir
Do olhar do outro?
No mergulho de si,
Que abra as portas
Para suposto infinito.
No calar-se de mim,
Ouvirei a voz do Todo.