TOQUE
Talvez não seja importante a vitória, talvez não seja importante a igreja e talvez não seja importante a crença.
Talvez não seja importante a felicidade, a realização sem medo, nem o medo da angústia. Talvez não seja importante.
Importante, talvez, seja a impotência da lágrima que sorri e importante seja ele, o sorriso, que acolhe essa lágrima impotente.
Talvez não seja importante a esperança.
Talvez não seja importante a coragem que se embrenha na luta.
Talvez não seja importante o sossego, nem a pronta entrega dos olhos.
Talvez não seja importante.
Importante, talvez seja o grito desesperado, aquele que sufoca a respiração sadia, que arde no afã do desabafo e se promete no alívio.
Talvez não seja importante o amanhecer de sempre (que descobre segredos de nós mesmos) para em outro dia, em outra noite, descobrir outros nossos segredos.
Tocar é amar de uma maneira enlouquecida e ao mesmo tempo silenciosa.
Tocar é toque. É bater na porta , toc, toc, toc e tocar uma canção mágica tocando a alma do coração no fundo do coração da alma.
Tocar é sentimento de respeito, carinho, amor, e não é nem concreto nem abstrato.