Pedofilia
Da primeira vez em que me assassinaram
Levaram minha vontade natural de sorrir
Nas outras vezes que vieram para me ferir
Desprevenida já não mais me encontraram
Depois em cada nova vez que me mataram
Conseguiram levar só pouco do que eu tinha
Mas ainda assim eles sempre me sangraram
Pensaram ser deles o que era somente minha
Dos meus cadáveres sobraram o que sou
Um toco de vela carcomida e amarelada
Mais prevenida mas hoje quase sem nada
A esperança foi o único bem que me restou
Esperança de que a luz do morto nunca se apaga
Mesmo que cutuquem a ferida e ela fique a verter
pois sei que a vela derrete mas a luz é sagrada
Oh! Assassinos dos sonhos e da pureza infantil
Não tereis a sorte de receber nenhuma graça
Teu sangue será eternamente um sangue febril
Quem com fogo feri, com fogo será ferido
Quem crê em Deus, jamais será vencido...