Não vou calar a minha voz
Não sou escrava do sistema
Eu não vou ser manipulada
Não vou fingir que não estou vendo
Também não vou ficar calada
Diante das coisas que eu vejo
Da impunidade que impera
Da violência e do medo
Daquilo que nos desespera
Do preconceito, do racismo
Da falta de humanidade
Do pânico que enche as ruas
De toda essa insanidade
Não vou também ser conivente
E nem achar tudo normal
De ver o homem regredindo
Como se fosse um animal
Matando gente por instinto
Sem nem ao menos sentir dor
Com o coração cheio de ódio
Espalham medo e terror
Não sou escrava do sistema
Não vou calar a minha voz
Não vou entrar nesse esquema
Não quero um mundo assim atroz.