SILÊNCIO
Silencio.
Silêncio
silêncio
silêncio
coisa que se pede
e que nem sempre pode ser concedida.
Silêncio: coisa que dói!
Silêncio: coisa que fala!
Silenciosa saio para o quintal.
Vejo o pé de jatobá
lembro do dia em que cavei o chão
e plantei na terra
uma pequena plantinha.
Admiro seu crescimento
que até ontem eu não notara.
Tenho agora uma grande árvore frutífera,
cujas folhas balançam lentas...
Muda, silenciosa copa
balança ao sabor da brisa.
A noite está tranquila
não está fria,
não está quente
faz parecer que o dia não foi calorento
e cheio de confusão de sentimentos...
A temperatura está amena.
Há pouco vento.
A copa do pé de jatobá
está iluminada
dando a falsa impressão
de que as folhas do topo são douradas;
silenciosamente envelhecidas...
Olho para o céu.
O céu não está azul
não está escuro;
há um tom diferente
azul enegrecido,
azul acinzentado.
As estrelas todas brilham
- cintilantes olhos do céu.
Visíveis e brilhantes,
silenciosas estrelas.
Abro os braços
tal como quando criança
giro,
giro,
giro,
giro até cair tonta no gramado.
Deitada vejo toda a cúpula celeste
lembro que o céu não muda
nem se mostra diferente;
são estações,
abstrações,
ilusão dos olhos.
Olho atentamente a lua,
vejo a lua
Plena
Cheia.
Olho no centro dela
e enxergo uma mancha.
Tem uma mancha na lua,
no silêncio da lua, uma mancha...
Silencio,
silencio,
silencio,
lágrimas brotam nos meus olhos.
Dois filetes silenciosos
escorrem rumo às orelhas,
tocam os ouvidos...
Já não ouço nada
nem o silêncio
Fecho os olhos.
Escuridão.
Sorrio, silenciosa, do meu silêncio
porque não sou senhora de mim
nem de ninguém.
Silencio.
Silêncio
silêncio
silêncio
coisa que se pede
e que nem sempre pode ser concedida.
Silêncio: coisa que dói!
Silêncio: coisa que fala!
Silenciosa saio para o quintal.
Vejo o pé de jatobá
lembro do dia em que cavei o chão
e plantei na terra
uma pequena plantinha.
Admiro seu crescimento
que até ontem eu não notara.
Tenho agora uma grande árvore frutífera,
cujas folhas balançam lentas...
Muda, silenciosa copa
balança ao sabor da brisa.
A noite está tranquila
não está fria,
não está quente
faz parecer que o dia não foi calorento
e cheio de confusão de sentimentos...
A temperatura está amena.
Há pouco vento.
A copa do pé de jatobá
está iluminada
dando a falsa impressão
de que as folhas do topo são douradas;
silenciosamente envelhecidas...
Olho para o céu.
O céu não está azul
não está escuro;
há um tom diferente
azul enegrecido,
azul acinzentado.
As estrelas todas brilham
- cintilantes olhos do céu.
Visíveis e brilhantes,
silenciosas estrelas.
Abro os braços
tal como quando criança
giro,
giro,
giro,
giro até cair tonta no gramado.
Deitada vejo toda a cúpula celeste
lembro que o céu não muda
nem se mostra diferente;
são estações,
abstrações,
ilusão dos olhos.
Olho atentamente a lua,
vejo a lua
Plena
Cheia.
Olho no centro dela
e enxergo uma mancha.
Tem uma mancha na lua,
no silêncio da lua, uma mancha...
Silencio,
silencio,
silencio,
lágrimas brotam nos meus olhos.
Dois filetes silenciosos
escorrem rumo às orelhas,
tocam os ouvidos...
Já não ouço nada
nem o silêncio
Fecho os olhos.
Escuridão.
Sorrio, silenciosa, do meu silêncio
porque não sou senhora de mim
nem de ninguém.