expo ex
a exposição do que penso
da alma que parece que tenho
de como adormece meu cenho
do que sou e finjo que falo
do que não sou e teimo em dizer
está tudo ali – na ponta da esferográfica
nos toques nem sempre suaves no teclado
ou no roçar do velho lápis sobre o papel
ainda que eu pense que engano as entrelinhas
ou do medo que um dia achei que tinha
de me expor com o que escrevo...