Não desistas, dança!
Renova a esperança
que dentre esta bruma
um novo sol nasça
e que caia a chuva
na terra queimada
que triunfe a alva
flama que nos leva
a crer que se alcança
a paz que se almeja
dirás que é loucura
mas escuta Poeta
a força que emana
do canto que soa
no fundo da alma
que ateima, não cala
maus ventos arrosta
é que vale a pena
mesmo se a colheita
desta árdua safra
mui lonje se faça!
Lisboa, 13/8/2005