Não me abstive da solidão
E na jornada pela areia, em tarde de Aleluia
A cada passo que dava, trôpega, só, sentindo
Sorvendo na pele as dores do corpo; sorrindo
Lá estava eu, por mim mesma, me encontrando...
Ali estava outra mulher - uma interiorana, só,
A brindar o próprio e tão esperado encontro
Comigo mesma, entre mim e mim - revivida,
Nada mais de agruras, incertezas, vida sofrida...
Eu era eu mesma, fluente, na maciez daquela praia
Intimismo do vento nos cabelos - plenitude palpável,
Neste doce arder da maresia – uma tortura adorável!
Ah! Como o mar faz bem ... Ao sabor daquela hora...!
Indizível momento de introspecção, um ser vibrante
Àquele parco poder da (deliciosa) solidão, ao ali,
No amornar daquela tarde ímpar e sedutora, eu vi,
Não mais que eu mesma, (n)aquela vida – plena...
Não mais sofrida e incauta, não mais só, literalmente,
Encontrei muito de que precisava: minha paz, essa,
Meu sentir ameno, curando-me os dias sofridos...
E desse recolher(-me) solitária, fiz-me em verbos:
Sorvi de mim o ser e o estar – e lá estava eu, estado,
Sendo e, enfim, estando – em ação - me encontrando...
Obrigada, meu querido amigo F Santos pela interação
Só..., eu desato meus laços
acompanho meus passosna solidão de mim mesmo
só...,eu caminho à esmo
por dentro da madrugada esperando por nada/
procurando um carindo
Só..., eu encontro saudade
na beira de meu caminho.